quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Análise do conceito de eu



A noção de “eu” forma-se, tradicionalmente, numa interioridade e mentalismo, como no “eu penso” de Descartes.
O “eu” como algo intrínseco à noção de si mesmo, acaba por não situar o sujeito desse “em-si-mesmo” no mundo relacional, o que contraria a ideia de linguagem, por exemplo, como algo necessariamente colectivo, pressuposto fundamental para as relações. O “eu” como que existe sozinho.
O indivíduo é, simultaneamente, criador e manipulador da linguagem, mas é também forjado e criado por ela. Dessa maneira, a realidade apreendida individualmente está relacionada com o mundo externo e todo o tipo de alteridade existente.
Nesse sentido, a noção de “eu” ultrapassa a questão da identidade, enquanto conceito puramente subjectivo, ou a ideia que o sujeito faz de si mesmo, e dos "eu´s" exteriores a ele na alteridade, na diferença, partindo do seu “eu” interior. Nesse caso pode-se levantar a questão da possibilidade do “eu” ser algo criado pelo próprio indivíduo.
O “eu” deixa de ser uma realidade singular e abre-se para a multiplicidade de possibilidades diversas do seu ser. Será o “eu” a conjugação de vários “eus”?


Trabalho de pesquisa
 Tenicha Neves
10º D
Ano lectivo 2009/10

Sem comentários:

Enviar um comentário