quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A verdade




Afinal, o que é verdade?

A palavra verdade pode ter vários significados desde, estar de acordo com os factos ou a realidade, ou ainda, ser fiel às origens ou um padrão. Os usos mais antigos abarcavam o sentido de fidelidade ou sinceridade de actos, palavras e caracteres.

Mas a palavra verdade também pode significar o que é real ou o que é real dentro de um sistema de valores. Esta qualificação envolve o imaginário, a realidade e a ficção.

Como não existe um consenso entre filósofos e académicos, estes têm várias maneiras de ver o que é a verdade, têm teorias e visões acerca dela, mas estas ainda estão a ser debatidas.

Há vários sítios onde se utiliza a verdade, como por exemplo, na Filosofia, que estuda a verdade de diversas maneiras. A Metafísica ocupa-se da natureza da verdade. A Lógica ocupa-se da preservação da verdade, já a Epistemologia, podemos dizer que se ocupa do conhecimento da verdade.

As questões debatidas incluem:

- O que pode ser classificado como verdadeiro ou falso?

- Como definir e classificar a verdade?

Mas será que a verdade existe?

Quando se pergunta: “A verdade existe?”, quem faz a pergunta admite, à partida, a possibilidade de uma resposta, caso contrário a pergunta seria absurda, e portanto já pressente, ou sabe intuitivamente, que a verdade existe.

O que a pessoa que pergunta não sabe, é quais são as respostas correctas e erradas à pergunta, o que significa que o facto de a verdade existir é independente do critério racional seguro que a distinga. Quem pergunta, sabe que a verdade existe, só não tem a certeza se aquilo que dizem — ou o que pensam — é a verdade.

Por outro lado, se alguém afirma categoricamente que “não existe qualquer verdade”, pretende afirmar uma verdade, acabando, por isso, por se contradizer, porque se alguém afirma algo, está convencido que a sua afirmação está correcta e que todos devem validar essa opinião. Por conseguinte, essa pessoa pressupõe que existem afirmações que possuem uma validade incondicional, ou seja, são verdades absolutas. Isto significa que quem afirma que “não existe qualquer verdade” pressupõe ? mesmo que essa afirmação possa estar errada ? que a verdade e o erro se excluem mutuamente e, em consequência, existe entre a verdade e o erro uma diferença que não pode ser relativizada.

Por outras palavras: quando alguém diz que "tudo é relativo porque não existe qualquer verdade", cai em auto-contradição e no absurdo.

Assim, a verdade está condenada à existência.

Adaptado, Sara Dias

Ano lectivo 2009-2010

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