quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Qual o efeito da dessacralização do mundo na sociedade atual?

O termo dessacralização é sinónimo de secularização e, primitivamente, significava a permuta da posse de bens e instituições, como a civil e a educação, por exemplo, da igreja para o Estado. Atualmente, este vocábulo faz referência ao efeito de perder o caráter sagrado, ou seja, a sociedade mundial está a libertar-se do domínio religioso. Como tal, este situação tão presente no nosso quotidiano tem causas e consequências.
As sociedades Ocidentais, sobretudo as europeias, vivem num período de tolerância religiosa. Hoje em dia, a sociedade privilegia os valores materiais em detrimento dos valores espirituais. A ciência tem vindo a ocupar o lugar da religião como fonte de verdade. A falta de cumprimento dos votos pelos líderes religiosos como responsáveis por ensinar a doutrinas aos crentes da religião, como por exemplo, os casos de pedofilia praticados por padres, ou o facto dos sacerdotes e freiras já não cumprirem o voto de pobreza e começaram a ser egoístas, vivendo, por vezes, rodeados de luxo. Estes atos levam os crentes a sentirem-se repugnados, sendo este um dos motivos impulsionadores da dessacralização do Mundo e dos povos. Os vários regimes políticos, principalmente os de matriz marxista-leninista, difundiram uma perspetiva materialista da realidade, acabando por modificar a hierarquia de valores da sociedade. Em certos locais como a China e o continente Africano, a sacralização é um pretexto para a realização de atentados à vida humana, como a mutilação genital feminina, de modo a que esta não possa sentir prazer durante o ato sexual, tornando a dessacralização um ponto positivo nestas sociedades. As diversas vertentes da Religião apresentam uma doutrina. Cada vertente tem um conjunto de valores, tradições e costumes pelos quais os seus crentes se devem guiar. Assim sendo, quando um indivíduo não crê em nenhuma religião, o acesso ao conjunto de valores é mais difícil mas, como se encontra integrado numa sociedade onde a maioria dos indivíduos é crente, a convivência entre os crentes e não-crentes levará à homogeneidade da sociedade. Porém, quando a maioria de uma sociedade são ateus, a obtenção de princípios que os levarão a viver bem em sociedade será ainda mais difícil. Então, pode-se dizer que a dessacralização do Mundo leva à perda de valores e à impossibilidade de se atingir a felicidade plena. Na vida humana estão constantemente a surgir questões que nem a ciência, um grande impulsionador da dessacralização do Mundo, consegue responder. Pode-se tomar como exemplo questões relacionadas com o bem e o mal ou a vida e a morte. Perante esta situação, o Homem percebe que a ciência não responde a tudo, nem consegue solucionar todos os seus problemas. Aí se dá a ressacralização, onde a razão e a fé tentam conciliar-se e equilibrar-se.
O Homem é um ser religioso por natureza e procura na religião a felicidade. Com a dessacralização, os indivíduos que se emanciparam da tutela do sagrado não conseguem encontrar a felicidade plena, tornando-os seres infelizes. É por esta razão que, nos últimos anos, se tem verificado um ligeiro retrocesso da secularização, que também se deve ao aumento do diálogo inter-religioso e da ligação entre a fé e a razão.

Joana Ferreira, nº15, 10ºE

A tecnologia

Indisciplina

O que é a indisciplina?
Na revista “2 Pontos” afirma-se que a indisciplina é um fenómeno relacional e interactivo que se concretiza no incumprimento das regras que presidem, orientam e estabelecem as condições das tarefas, e ainda, no desrespeito de normas e valores que fundamentam o seu convívio entre pares, enquanto pessoa e autoridade. Podem distinguir-se dois níveis de indisciplina:
· Desvio às regras;
· Conflitos interpares.
Indisciplina, porquê?
A indisciplina na escola, na sala de aula, em todo lado praticamente, sendo uma preocupação de sempre, é hoje um tema inscrito na agenda de todos quantos reflectem sobre a educação das jovens gerações. Professores, políticos, administradores da educação e jornalistas, sobretudo, fazem coro afirmando a insustentabilidade da situação e vão brandindo acusações fáceis, tantas vezes sem sequer terem feito algum esforço sério para compreender o fenómeno e as respectivas causas.
A indisciplina tem-se agravado
O aumento dos fenómenos de indisciplina e até de violência são inseparáveis da massificação, acompanhada da crescente complexidade, mobilidade e diversidade sociocultural das sociedades pós-industriais, que alterou também as referências relativas à estabilidade e funcionamento da sociedade e da família.
A prevenção da indisciplina
As regras deverão ser poucas, simples, objectivas, fundamentais, conhecidas e cumpridas.
Prevenir é sempre preferível a remediar, pelo que a grande aposta a fazer é na definição de uma estratégia possível de prevenção.
O êxito dos esforços de prevenção da indisciplina está muito dependente do modo como tais esforços são empreendidos. Se partem de decisões colegiais e se se constituem como acções coordenadas ou se, pelo contrário, as decisões são individuais e as acções inconsistentes e desencontradas.
Só deste modo as acções dos diferentes agentes se reforçam mutuamente. Se deixarmos abertas demasiadas brechas estaremos a contribuir para condenar ao fracasso os esforços individuais de cada um de nós.
Adaptado, Sara Dias
10º D
Ano lectivo 2009-2010

Hotel Rwanda

O filme “Hotel Ruanda” descreve uma guerra civil, em 1994, na capital de Ruanda, Kigali, entre Hutu e os rebeldes Tutsi. Durante o enredo, podemos observar a discriminação e o ódio que os Hutu sentem pelos Tutsi, devido a um acontecimento passado, chegando a levar à morte de quase um milhão de pessoas Tutsi.
  A personagem principal, Paul Rusesabagina, gerente do hotel Les Mille Collines, demonstra uma enorme coragem, sendo Hutu, e protegendo a sua família e vizinhos Tutsi, no hotel. Assim que a guerra começa, Paul emociona tudo e todos tentando, por todos os seus meios, proteger e evacuar todos os refugiados, mesmo depois disso lhe ser negado.
  Penso que, no filme, o que mais nos impressiona e choca, é que todos os acontecimentos relatados aconteceram mesmo e que pouco ou nada, foi feito para o impedir. Devemos ter em consideração o que se passa no mundo à nossa volta, não ignorando os que sofrem pois, situações como esta, acontecem a todas horas, minutos e segundos. Se pensarmos bem, está a acontecer agora num qualquer lugar remoto do mundo.

 Isabel Moreira, 10º D

             Opinião sobre o filme “Hotel Ruanda”

O filme “Hotel Ruanda“ é um retrato da discriminação. No século 20 entre dois povos, no país Ruanda, cuja capital em Kigali.
O filme retrata a realidade que, infelizmente, ainda existe nos nossos dias.
O gerente do Hotel, Paul, foi a personagem mais marcante e corajosa do filme. Na minha opinião, a personagem agiu correctamente, não fez distinção nenhuma, pelo contrário, ajudou o povo Tutsi. Foi de grande coragem quando sacrificou a mulher e os filhos para poder ajudar os seus empregados do hotel e também as crianças do orfanato. Em relação ao apoio da equipa da ONU, penso que eles agiram muito mal, porque deviam defender, deviam ter disparado com os Hutu para defenderem os Tutsi.
Fiquei estupefacta quando o jornalista disse ao gerente que não valia a pena mostrar ao resto do mundo, porque as pessoas continuariam nos seus lugares e não fariam nada para tentar parar ou evitar a guerra entre aqueles dois povos. Não consegui perceber, não achei justo o facto das tropas belgas terem ido apenas buscar a população europeia e terem abandonado a população negra.
O filme dá uma lição muito grande: às vezes basta uma pessoa para mudar tudo e ajudar muitas pessoas.
Ana Luísa, 10º D
Análise do filme: Hotel Ruanda

O filme “Hotel Ruanda” representa um acontecimento verídico, considerado genocídio, em Ruanda, em 1994. A divisão entre as duas populações (hútus e tutsi) foi o resultado da colonização belga, o que criou uma grande rivalidade entre as duas etnias, o que levou à intervenção da ONU para manter a paz. Paul Rosebagina, de origem hutu, foi gerente do Hotel Des Mille Collines e durante esta época de guerra, abrigou centenas de tutsis, incluindo a sua família de origem tutsi (esposa de Rosesabagina). Paul usou os seus conhecimentos de gerente e o dinheiro que tinha arranjado para manter a sobrevivência dos seus vizinhos tutsis, arriscando a sua própria vida.
        O filme apresenta uma perspetiva complexa, em que mostra o Genocídio e, também, como a população inocente reage e é afetada pela violência entre as etnias. É ainda uma crítica às Nações Unidas e à sociedade internacional na qual, a população esperava uma intervenção para o massacre pelo qual estavam a passar. Para além dos massacres, “Hotel Ruanda” demonstra o medo que a população sentia, a força, a determinação e o valor humanitário por parte de Paul em salvar todas as pessoas que podia e o apoio emocional que a sua esposa Tatiana teve no decorrer do filme.
      “Hotel Ruanda” apresenta uma visão real dos massacres a todas as classes sociais tutsis e igualmente aos hutus que negaram a sua participação no genocídio, apresenta as estratégias e o esforço que a população teve em conseguir sobreviver e ajudar-se durante o genocídio, com a falta de ação da ONU e outras organizações como a Cruz Vermelha. No fim, Paul quando se prepara para ir embora, encontra as suas sobrinhas e outras crianças “abandonadas” que também quer que estejam em segurança, acabando por as levar para o autocarro que partia e dizendo: “Há sempre um lugar”, o que representa a bondade que Paul teve durante o massacre, salvando inúmeros tutsi de diversas maneiras e acabou por ser uma personagem verídica importante não só para o filme mas para o mundo real, transmitindo que o valor humanitário e a coexistência são fatores importantes para organizar uma sociedade pacifista, sem guerras e genocídios como os acontecimentos em Ruanda.


Joana Ferreira
Nº15, 10ºE







O sentido da vida

Declaração universal dos direitos do Homem: realidade ou ficção?

Para responder à pergunta, sobre se a Declaração Universal dos Direitos do Homem é, ou não real, e se os Direitos do Homem são integralmente cumpridos, basta lermos o artigo nº 4, dessa mesma declaração para a nossa pergunta ser respondida:



“Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas são proibidas”.



A forma verbal utilizada neste artigo é o futuro, com o objectivo de mostrar que quando a declaração fosse publicada, ter-se-ia de obedecer, mas o que todos podemos constatar é que esta regra não é cumprida, e que a escravatura ainda é bem conhecida nos dias de hoje.

Para confirmar essa situação, podemos dar o exemplo dos “ Meninos do Gana”, que ainda há poucos meses, foi tão discutida e conhecida no nosso país, devido a uma campanha de recolha de donativos para conseguir resgatar alguns desses meninos, que são vendidos e comprados, como se fossem um produto no supermercado, por pessoas em quem confiavam.

Milhares de crianças trabalham diariamente, durante horas a fio, com pouca ou nenhuma comida. São obrigadas a mergulhar no lago para apanhar as redes de pesca, muitas vezes sem saberem nadar. Muitas vezes são atirados para dentro do lago com crocodilos, pelos pescadores insatisfeitos com o trabalho por eles realizado.

Apesar de existirem instituições que recolhem estas crianças, há ainda alguns governos que dizem não poderem fazer nada.

Estas instituições já são um início, contudo, estas crianças vêem a sua infância, ser-lhes completamente destruída, se é que alguma vez souberam o que era. Infelizmente, este não é o único caso de escravatura, de que ouvimos falar.

Com este exemplo tão presente, podemos verificar que a Declaração não é cumprida.

Mas, na minha opinião, os Direitos do Homem não são ficção, eles existem! Infelizmente existem países e cidadãos que não os cumprem, nem querem cumprir…

Para combater esta falta de cumprimento da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que na verdade nos afecta a todos, basta estarmos mais atentos para problemas como a escravatura, e prontos para os denunciar.

Os governos de todo o mundo deveriam unir-se com o objectivo de resolver e travar casos deste tipo, aumentando as fiscalizações e as investigações.

Todos os seres humanos deviam estar interessados em combater estes incumprimentos, para assim termos, efectivamente, um mundo melhor!





Alexandra Ribeiro-10ºA

Escola Secundária Abel Salazar, 4 de Novembro de 2009

Ano lectivo 2009/2010

Filosofia



A influência das TIC na sociedade

"A Million dollar baby" - sonhos vencidos


Frankie Dunn (Clint Eastwood), sempre treinou e geriu as carreiras dos melhores boxeurs, numa vida passada no ringue de boxe. A mais importante de todas as lições que ensina a quem treina, é aquela que aplica na sua vida: protege-te a ti mesmo! Na sequência de um doloroso afastamento da sua filha, Frankie revela uma já longa dificuldade na aproximação aos outros, e apenas lhe resta o amigo Scrap (Morgan Freeman), um ex-boxeur que cuida do ginásio de Frankie e que sabe que debaixo da expressão rude, está um homem que visita a Igreja há 23 anos, na procura de um perdão que o vai mantendo vivo.
É então que entra em cena, no ginásio de Frankie, Maggie Fitzgerald (Hilary Swank), que sempre teve pouco da vida, mas que ao contrário de muitos, sabe bem o que quer e tem a determinação necessária para o alcançar. Numa vida de constante luta, Maggie demonstra uma tremenda força de vontade e, mais que tudo, deseja que alguém acredite nela e a treine.
Frankie foge da responsabilidade e desde logo tenta afastar Maggie dizendo-lhe que é demasiado tarde para a treinar. Mas Maggie entrega-se ao treino no ginásio, apenas com o apoio de Scrap, cativando Frankie lentamente, numa relação de inspiração mútua e partilha da dor do passado.


Apreciação do filme:

Sobre o filme pensamos que é importante traçar todos os nossos objectivos de uma forma concreta, também é nosso dever trabalhar muito para os alcançar. Quando chegamos ao topo e tudo desaba , o que fazemos? Este filme é muito elucidativo sobre esta questão. Como aconteceu no filme, Maggie estava quase no topo e tudo desabou , mas por que tudo desabou naquele momento , se ela com muito esforço, dedicação e trabalho chegou onde chegou, será este mundo justo? Em relação á eutanásia , o que o Frankie fez estará moralmente correcto? Se alguém que está a sofrer muito nos pedir para desligar as máquinas e acabar com aquele sofrimento será moralmente certo da nossa parte fazer o que nos pedem ou não? A eutanásia, na nossa opinião, está certa quando as pessoas em questão estão em seu pleno juízo e pretendem acabar com todo o seu sofrimento. Temos o dever de fazer a última vontade dessa pessoa.

“Protege-te sempre!”

            Cátia Neves e Hugo Pena 10ºD
Ano lectivo 2009-2010

A política e os jovens

A importância da lógica

A lógica é um “instrumento do pensar”.
   Uma vez que o pensamento é a manifestação do conhecimento, e que o conhecimento busca a verdade, é preciso estabelecer algumas regras para que esta possa ser encontrada. Assim, a lógica é uma área da filosofia que tem como objectivo o estudo de processos válidos e gerais pelos quais atingimos a verdade.
  Em relação à filosofia a lógica tem grande importância, uma vez que os filósofos procuram a verdade e apenas consideram certo aquilo que é verdadeiro universalmente. Assim, como a lógica procura encontrar a verdade há uma relação estreita entre lógica e filosofia. Apesar desta relação, os lógicos são, geralmente matemáticos, dada a elevada tecnicidade e precisão de que se serve a lógica para encontrar conhecimentos verdadeiros. Existe, por isso, uma relação estreita entre a lógica e a matemática.
  Para encontrar a verdade a lógica utiliza raciocínios. Em relação a estes são dispensáveis quaisquer considerações psicológicas acerca do ato de raciocinar, aos lógicos apenas interessa a forma dos raciocínios.
  Um raciocínio é formado por três proposições, duas premissas e uma conclusão.
  Segundo a lógica os raciocínios ou argumentos são válidos se as premissas estiverem de acordo com a conclusão, caso contrário, o raciocínio é inválido e não tem qualquer tipo de significado.
“A lógica oferece-nos métodos de crítica para a avaliação das inferências. (…) completada uma inferência, é possível transformá-la num argumento e a lógica pode ser utilizada para determinar se o argumento é válido ou não”
W.C Salmon
  Além da procura da verdade a lógica apresenta outras aplicações como a análise da consciência de sistemas, a análise das sentenças, a fundamentação da aritmética e os testes de raciocínio.
Joana Matos
11º A
Ano lectivo 2010/2011

A clonagem e a ética

Biografia de Sócrates

Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 469-470 a.C. e tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga. Filho de um escultor, Sofronisco e de uma parteira, Fenarete, casou com Xantipa, que era bem mais nova do que ele e tiveram 3 filhos. Não se sabe ao certo qual a profissão de Sócrates mas, de acordo com algumas fontes, aprendeu olaria com o seu pai.
Na sua obra Xenofonte declara que Sócrates se dedicava a tudo aquilo que considerava a arte ou ocupação mais importante: a maiêutica, o parto das ideias.



Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por Filosofia Ocidental tendo sido influenciado pelo conhecimento de um outro importante filósofo grego: Anaxágoras. Os seus primeiros estudos e pensamentos são sobre a essência da natureza humana; a divisa délfica: “conhece-te e ti mesmo” e a frase: “só sei que nada sei”, são das suas expressões mais conhecidas.
Sócrates era considerado pelos seus contemporâneos um dos homens mais sábios e inteligentes. Nos seus pensamentos, demonstra uma grande necessidade de levar o seu conhecimento aos cidadãos gregos. O seu método de transmissão de conhecimentos e sabedoria era o diálogo ou maiêutica e a ironia, que constituíam o seu método filosófico. Através da palavra, tentava levar o conhecimento sobre as coisas do mundo e do ser humano.
Conhecemos os seus pensamentos e ideias através das obras de dois dos seus discípulos: Platão e Xenofonte. Sócrates não deixou por escrito os seus pensamentos e, não foi muito bem aceite por parte da aristocracia grega, pois defendia algumas ideias contrárias ao funcionamento da sociedade da época. Criticou muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas tradições, crenças religiosas e costumes não ajudavam ao desenvolvimento intelectual dos cidadãos gregos. Em função das suas ideias inovadoras para a sociedade, começa a atrair a atenção de muitos jovens atenienses. As suas qualidades de orador e a sua inteligência, também colaboraram para o aumento da sua popularidade. Temendo algum tipo de mudança na sociedade, a elite mais conservadora de Atenas começa a encarar Sócrates como um inimigo público e um agitador em potencial. Foi preso, acusado de pretender subverter a ordem social, corromper a juventude e provocar mudanças na religião grega. Na sua cela, foi condenado a suicidar-se tomando um veneno chamado cicuta, em 399 a.C.

Ana Vieira 10ºC nº1
Ano lectivo 2009/2010





Biografia de Aristóteles

Aristóteles nasceu em Estagira, na Calcídica, 384 a.C. e morreu em 322 a. C.
Este filósofo grego, foi aluno de Platão e professor de Alexandre, O grande. Aristóteles é considerado um dos maiores pensadores de todos os tempos e criador do pensamento lógico.
Aristóteles é um dos melhores filósofos de sempre, tal como Platão e Sócrates, é considerado o filósofo que mais influenciou o pensamento Ocidental, a exemplo das palavras que ele criou e que passaram para quase todas as línguas modernas. Foi chamado por filósofos de “preceptor da inteligência humana”, por ter estudado uma variada gama de assuntos, e por ter ultrapassado Platão, foi chamado “O Filósofo”.
Com cerca de 16 ou 17 anos partiu para Atenas, para prosseguir os estudos. Foi para a Academia Platónica (de Platão), e nela permaneceu cerca de 20 anos, até 347 a.C., que foi quando morreu Platão.
Em Assos, Aristóteles fundou um pequeno círculo filosófico; lá ficou durante três anos. Casou-se com Pétias, sobrinha de Hérmias. Quando Hérmias foi assassinado, Aristóteles foi para a ilha de Lesbos, onde realizou a maior parte das famosas investigações biológicas.
No ano de 343 a.C., tornou-se, então, preceptor de Alexandre, função que exerceu até Alexandre subir ao trono.
De volta a Atenas, fundou um Liceu, que dirigiu até 324 a.C., pouco depois da morte da Alexandre, em que privilegiava o estudo das ciências naturais.
Mais tarde, os sentimentos dos atenienses voltaram-se contra ele que, sentindo-se ameaçado, deixou Atenas afirmando não permitir que Atenas cometesse um segundo crime contra a filosofia.
Aristóteles tinha-se, entretanto, casado com Hérpiles, uma vez que Pítias tinha falecido pouco tempo depois do assassinato de Hérmias.
Com Hérpiles teve uma filha e um filho.

Rui
10º C
Ano lectivo 2009/10

A (des) valorização da escola

Trabalho infantil em Portugal e no mundo

Os símbolos da Filosofia

1) Ave de Athena

    O mais antigo símbolo da Filosofia é a chamada ave de Athena. lada da noite.
Athena, deusa da sabedoria e da fecundidade, aparecia associada na mitologia grega à coruja, ave noctívaga cuja nota distintiva é a de se levantar ao anoitecer e andar vigilante e ativa pela noite.
    Auxiliada apenas pela luz da lua, dotada de uma excepcional acuidade visual, vê o que o comum dos outros animais só consegue alcançar com a luz do sol. É essa invulgar capacidade de ver e de se orientar no mundo das trevas que faz dela um símbolo da Filosofia e do conhecimento racional: a coruja, tal como a filosofia, simboliza a reflexão que domina as trevas ou a capacidade de obter conhecimentos para lá das sombras.

2) A estátua “O Pensador”
  
Um outro símbolo da atitude filosófica é a estátua do escultor francês Rodin, denominada “Pensador”. Nu e solitário, de olhos fechados, sentado com o queixo apoiado no punho direito e o braço esquerdo descaído sobre o colo, o pensador é tomado como símbolo da atitude reflexiva que particulariza a Filosofia. Trata-se de um símbolo rico mas controverso.
 O que a atitude de um homem pensativo tem de positivo é a capacidade de se recolher sobre si mesmo para submeter ao seu próprio juízo crítico a realidade que o envolve. O que tem de negativo e contrário ao espírito da Filosofia é, precisamente, a dimensão solitária dos seus pensamentos a que ninguém pode ter acesso, incomunicáveis, portanto, e, por isso, inúteis para a comunidade.


3) O quadro de Platão e Aristóteles

    O grande símbolo da Filosofia, reproduzido com grande frequência nas obras filosóficas, é o quadro do pintor italiano Rafael, cujas figuras centrais são Platão e Aristóteles.
Platão, apontando para o alto, recorda, como a Filosofia, que a natureza humana não se esgota na realidade terrena em que assentamos os pés. Recorda, tal como a Filosofia, que é próprio do ser humano elevar-se acima das terrestres preocupações e contemplar os valores espirituais, morais, estéticos, políticos, etc. Aristóteles, por seu lado, estendendo o
braço com a palma voltada para baixo, indica que o ser humano é da terra, pondo em destaque a dimensão corpórea e física da nateureza humana. O quadro também pode ser tomado como síbolo do diáçogo que se trava na história da Filosofia entre posições e teses frequentemente opostas a exigirem ponderação dialógica.
      

4) A coruja

   A coruja é outro símbolo da Filosofia, ave de Minerva (deusa romana, sendo a deusa Athena para o povo grego). A coruja simboliza a sabedoria.
Quando a imagem de algum deus aparecia com uma coruja ao lado, este deus era apresentado como sábio.
A coruja vê na escuridão. Ela tem uns olhos enormes e uma cabeça que é capaz de girar 180 graus, por isso ela vê o que outros animais não conseguem ver
A sua constituição física permite que ela veja tudo à sua volta; ela não tem uma visão unidimensional. A pretensão da Filosofia também é conseguir, através da razão, entender o mundo, mesmo nos seus momentos mais obscuros.
    A coruja é uma ave nocturna e é vista como sendo capaz de apreender a escuridão através da inteligência. Esta é outra analogia com a actividade filosófica, aquela que foi capaz de ultrapassar as explicações mitológicas e dar ao mundo a interpretação racional, a luz que ilumina o Homem.
    Quando as outras aves regressam ao ninho, a coruja sai do seu para realizar um voo panorâmico sobre toda a região. São animais que não vêem bem ao perto, mas em longas distâncias, a sua visão é excelente, principalmente com pouca luz.
    A Filosofia, (e o filósofo), também voam sobre as realidades que cercam o Homem,” vêem”o que “restou do dia”.
    O filósofo realiza um voo do pensamento sobre as coisas.
    A frase de Hegel, “a Coruja de Minerva levanta vôo somente ao entardecer”, alude ao papel importante que desempenha a Filosofia; a Filosofia só pode dizer algo sobre o mundo através da linguagem da razão, depois das coisas terem acontecido.Assim, para a Modernidade ocidental, o símbolo da Filosofia passa a ser a coruja, uma vez que ela não é adepta de uma visão unidirecional, ela gira a cabeça quase por completo, olhando para todos os lados. Penso que fica esclarecido porque é que a coruja e a Filosofia andam juntas.
    Há, então, várias características que podem ser consideradas semelhantes entre a coruja e a Filosofia:

1. A coruja vê na escuridão,o sábio também vê coisas que os ignorantes não vêem;
2. A coruja é ligada a Athena, Deusa grega da Sabedoria;
3. A Filosofia estuda o conhecimento, se Athena é a deusa da sabedoria, e sendo a coruja símbolo de Athena, então, a coruja foi usada para significar a Filosofia.
4. A coruja não é bela. Platão era tido como belo, mas Sócrates, dizem, era horrível.
5. Platão ensinava numa escola que, muitas vezes, foi oficial, mas Sócrates ensinava nas ruas. Foi acusado e condenado por seduzir os jovens, por roubá-los da Cidade, da Pólis. A coruja, por sua vez, é a ave de rapina par excellence, e apanha os descuidados na noite. Leva-os da cidade, para o seu ninho.

Nuno Silva, 10º B
Ano lectivo 2009/2010

A verdade




Afinal, o que é verdade?

A palavra verdade pode ter vários significados desde, estar de acordo com os factos ou a realidade, ou ainda, ser fiel às origens ou um padrão. Os usos mais antigos abarcavam o sentido de fidelidade ou sinceridade de actos, palavras e caracteres.

Mas a palavra verdade também pode significar o que é real ou o que é real dentro de um sistema de valores. Esta qualificação envolve o imaginário, a realidade e a ficção.

Como não existe um consenso entre filósofos e académicos, estes têm várias maneiras de ver o que é a verdade, têm teorias e visões acerca dela, mas estas ainda estão a ser debatidas.

Há vários sítios onde se utiliza a verdade, como por exemplo, na Filosofia, que estuda a verdade de diversas maneiras. A Metafísica ocupa-se da natureza da verdade. A Lógica ocupa-se da preservação da verdade, já a Epistemologia, podemos dizer que se ocupa do conhecimento da verdade.

As questões debatidas incluem:

- O que pode ser classificado como verdadeiro ou falso?

- Como definir e classificar a verdade?

Mas será que a verdade existe?

Quando se pergunta: “A verdade existe?”, quem faz a pergunta admite, à partida, a possibilidade de uma resposta, caso contrário a pergunta seria absurda, e portanto já pressente, ou sabe intuitivamente, que a verdade existe.

O que a pessoa que pergunta não sabe, é quais são as respostas correctas e erradas à pergunta, o que significa que o facto de a verdade existir é independente do critério racional seguro que a distinga. Quem pergunta, sabe que a verdade existe, só não tem a certeza se aquilo que dizem — ou o que pensam — é a verdade.

Por outro lado, se alguém afirma categoricamente que “não existe qualquer verdade”, pretende afirmar uma verdade, acabando, por isso, por se contradizer, porque se alguém afirma algo, está convencido que a sua afirmação está correcta e que todos devem validar essa opinião. Por conseguinte, essa pessoa pressupõe que existem afirmações que possuem uma validade incondicional, ou seja, são verdades absolutas. Isto significa que quem afirma que “não existe qualquer verdade” pressupõe ? mesmo que essa afirmação possa estar errada ? que a verdade e o erro se excluem mutuamente e, em consequência, existe entre a verdade e o erro uma diferença que não pode ser relativizada.

Por outras palavras: quando alguém diz que "tudo é relativo porque não existe qualquer verdade", cai em auto-contradição e no absurdo.

Assim, a verdade está condenada à existência.

Adaptado, Sara Dias

Ano lectivo 2009-2010

Racismo e xenofobia

Direitos da mulher

Matrix e a filosofia cartesiana



Matrix é o filme que   retrata o mundo  no  final do próximo século.  Neste filme parece haver uma certa confusão entre o sonho e a realidade.
Durante a visualização do filme percebe-se que a realidade, do ponto de vista de Morpheus, um dos personagens principais, é bastante diferente da realidade, do “real” para a maioria das pessoas.
O real, para Morpheus, é a vida nas navese o imaginário, o sonho, é o controlado pelo sistema informático, pelo Matrix.
Tal como na perspectiva de R. Descartes, torna-se difícil para Neo, o herói do filme,distinguir o sonho da realidad. Neo precisa de compreender como é possível ser baleado e não morrer, saborerar a comida sabendo que não está a comer ou, até, ressuscitar qdepois de baleado.  Se o conseguir, tornar-se-á “The one”, o tal, o salvador da humanidade, à semelhança de Jesus Cristo.
Neste filme coloca-se em dúvida a existência do mundo real, tal como Descartes fez num dos níveis de aplicação da dúvida.
Eu penso que o muno imaginário é melhor do que o real, tudo é mais bonito, masi simples e, apesar de ser controlado por máquinas, eu preferia viver no “veú da ignorância”, a viver a dor e a provação do mundo real.
Tatiana Cardoso, 11º A

Análise do filme "Matrix"



O “Matrix” é um filme onde a Terra foi totalmente dominada por máquinas com inteligência artificial, que passaram a ter controlo sobre a raça humana. 0 “Matrix” é em si uma outra forma de realidade. Apesar da sua existência como uma simulação, as acções das pessoas realizadas dentro da Matrix são percebidas pela mente como real. Assim, se morrer dentro da Matrix, também se morre no mundo real, pois a mente percebe o que ocorre dentro da Matrix como "real") A mente vista as acções que ocorrem dentro da Matrix como real, e apesar do facto das personagens terem a capacidade de curvar as leis da física para realizar feitos sobre-humanos, pois eles sabem que o Matrix é uma simulação, eles não podem desafiar a percepção da mente de lesões pessoais ou morte.             Os homens e todo o nosso mundo não passam de um software, um programa de computador, uma mera ilusão. Resumindo, o nosso mundo não passa de uma realidade virtual, como um “jogo de computador”. O verdadeiro mundo Real contém um céu coberto por espessas nuvens negras criadas pelos seres Humanos na tentativa das Máquinas se desligarem devido ao reduzido fornecimento de Energia Solar. As máquinas responderam usando os seres humanos como fonte de energia em conjunto com a fusão nuclear, do calor do corpo.
            A personagem principal “Neo” foi criada numa rebelião contra as máquinas, envolvendo pessoas que foram retiradas do “mundo da ilusão ou dos sonhos” para a realidade. A personagem Neo é um excelente exemplo do conceito em que, a partir do início do filme, ele luta com uma vida dupla. Quando Morpheus apresenta a escolha de dois comprimidos a Neo, isso pode ser interpretado como o reconhecimento de dupla consciência de Neo, e a sua aceitação da pílula vermelha é o primeiro passo para se tornar um indivíduo singular. O mundo que Neo tinha conhecido desde o seu nascimento foi na verdade, o Matrix, uma realidade ilusória simulada do mundo como era em 1999, desenvolvido pelas máquinas, a fim de manter a população humana em cativeiro. Morpheus e a sua tripulação pertencem a um grupo de seres humanos livres que se "desligaram" do Matrix e que criaram uma resistência contra as máquinas. Eles são capazes de usar o seu entendimento da Matrix natureza para dobrar as leis da simulação da física, dando-lhes habilidades sobre-humanas dentro do mundo virtual. Morpheus acredita que Neo é  "o Tal” devido ao Oráculo que profetizou que Morpheus iria escolher “aquele” que iria pôr fim à guerra entre os Humanos e as Máquinas.
            Matrix também tem uma forte analogia com o cristianismo. Neo (do grego "novo”, um substituto para Jesus Cristo), a exemplo de Jesus Cristo, Neo é conhecido como o “escolhido”, o “salvador; move-se com uma rapidez incrível, salva pessoas prestes a serem mortas (como quando foi resgatar o Morpheus), tem uma força incomum, morreu e ressuscitou. Existe uma trindade benigna no filme, composta por Trinity ("Trindade", em inglês). Morpheus (Morfeu "deus dos sonhos" na mitologia grega) que faz o papel de João Baptista ao preparar o caminho para o "escolhido" e o de Deus Pai ao assumir a figura paterna de todos os que já foram libertados da ilusão.


Samuel Duarte, nº 17, 11ºF

   O

Eu alma e eu corpo

 
Mas afinal, o que é o Eu? Eu alma, ou Eu corpo?
Como é possível sabermos que existe o Eu em todos nós, se ninguém consegue mostrá-lo?
De todas as questões que se colocam, só conseguimos ter a certeza, mesmo sem saber como, de duas coisas: O Eu existe e faz parte de nós.
No meu entender, o Eu subdivide-se em alma e corpo, visto que eu posso afirmar:
-Eu fiz! (Quem fez?) – Eu corpo.
-Eu sei /penso! (Quem pensa?) – Eu alma.
 Mas no dia-a-dia, o ‘’Eu alma’’ pensa no Eu que usa? Ou o ‘’Eu Corpo’’ fala no ‘’Eu alma e corpo’’ em simultâneo?
É engraçado! Sei que o Eu existe, sem ninguém me ter ensinado ou dito o que é.
Será que se deve ao facto da alma ser imortal? Será por ter vivido em vidas passadas e ter aprendido lá?
Mas mesmo que tivesse vivido noutra vida, quem me transmitiu esses conhecimentos ou o provou, se ninguém consegue prová-lo ou ensiná-lo? Sabemos que existe… Mas como?
É de facto intrigante não conseguirmos provar uma coisa que sabemos que existe.
Mas e se conseguíssemos provar? Será que iríamos todos chegar à mesma conclusão sobre o mesmo assunto?
Provavelmente não!
Bem, ainda assim afirmo: O Eu é relativo, e cabe a cada um tomar consciência do que Ele realmente é!


                                                                                          Diana Sousa N.º 4 -10º C
Ano lectivo 2009/10

Felicidade




Vejo a Felicidade como um estado de espírito, visto que está dependente de vários factores.”Felicidade é ter algo que fazer, o que esperar e o que amar” -são os três factores da felicidade.
Este estado de espírito faz-nos questionar se somos ,ou se alguma vez iremos ser, totalmente felizes.
De acordo com os factores que considerei influentes para o estado de felicidade, o ser humano possui a necessidade constante de metas e objectivo e, consequentemente, de “ pedras no caminho” para, assim, sentir que a sua existência tem razão de ser. Enquanto se ocupa na conquista desse objectivo, o ser humano põe à prova a sua força de vontade; É feliz!
A vida não é perfeita e isso é um saber que se pode ter por garantido. Contudo, há que saber valorizar todos os pequenos momentos de felicidade genuína, tornando-os inesquecíveis.
Em suma, a felicidade é um estado de espírito que temos que “alimentar” com o alcance de objectivos, o derrubar de barreiras e com muitos momentos bons.

Sara Oliveira
10ºA,  n.º 23

Ano lectivo 2009/10

Coragem




Para mim, a coragem, é um espírito que “nos empurra”, muitas vezes, tanto para o “abismo” como para o “topo da montanha” dos actos. É, várias vezes, a nossa consciência a “dar-nos um pontapé” e que nos diz para abrir uma determinada “porta” e entrarmos nela, tal como “um tiro no escuro”, porque no momento da acção, não sabemos como é que a coragem que temos (ou não) vai ou não contribuir para a realização de um acto humano, para o qual, se calhar, não estamos preparados.
            Acho que diria que ter coragem não é apenas dizer que conseguimos pegar ou tocar, em algo de que temos muito medo ou que é muito asqueroso para nós, tal como acontece com uma rapariga que tem medo de segurar ou de tocar numa aranha peluda e nojenta e que, ao fazê-lo, mostra aquela cara que nós todos conhecemos. Ter coragem é algo espontâneo, se acreditarmos em nós mesmos, se acreditarmos que conseguimos fazer até o impossível e não é, afinal, uma qualidade que dizemos ter, e que nada tem a ver com a nossa melhor ou pior “aparência” física/psicológica.

Diogo Caldeira, 10ºD
Ano lectivo 2010/11

O que é a coragem?



Coragem vem do latim “cor” que significa coração, porque a coragem tem mais a ver com o coração do que com a razão.
A coragem é uma força da alma, é um poder de acção física e moral, uma causa agente que produz um efeito, é o mesmo que a bravura e a firmeza, o seu contrário é a cobardia, ou seja, a fraqueza.
A coragem é a justa medida acerca dos sentimentos de medo e de confiança. O medo é a expectativa de algo de mau que está para acontecer ou que pode acontecer, embora todas as pessoas tenham receio das coisas más como, por exemplo, a pobreza e a doença, a coragem não está relacionada com esse tipo de coisas, recear a doença ou a pobreza é uma atitude correcta, tanto para a pessoa corajosa como para as outras pessoas.
Qual o estado de carácter de uma pessoa corajosa?
Uma pessoa corajosa não procura o perigo, mas é capaz de o enfrentar quando é necessário, com firmeza, porque é correcto e é belo fazê-lo, enquanto uma pessoa cobarde é a que receia as coisas erradas, da forma incorrecta e na altura imprópria, a um cobarde falta-lhe confiança, como tem medo de tudo, é uma pessoa pessimista e sem esperança, enquanto uma pessoa corajosa, pelo contrário, é confiante e esperançosa.
 Quais são as qualidades do homem de coragem?
 Só a experiência do perigo permite dizer que uma pessoa é corajosa, é por experiência, com efeito, que se sabe que, em tal lugar, em tais circunstâncias é capaz de enfrentar o perigo a “sangue frio”, quem não possui experiência não pode ser chamado de corajoso.
 É verdade que a coragem não prescinde de um certo impulso e de alguma paixão, mas é necessário que o impulso parta da parte racional da alma.

Sara 11º D
Ano lectivo 2010/11

Análise do conceito de eu



A noção de “eu” forma-se, tradicionalmente, numa interioridade e mentalismo, como no “eu penso” de Descartes.
O “eu” como algo intrínseco à noção de si mesmo, acaba por não situar o sujeito desse “em-si-mesmo” no mundo relacional, o que contraria a ideia de linguagem, por exemplo, como algo necessariamente colectivo, pressuposto fundamental para as relações. O “eu” como que existe sozinho.
O indivíduo é, simultaneamente, criador e manipulador da linguagem, mas é também forjado e criado por ela. Dessa maneira, a realidade apreendida individualmente está relacionada com o mundo externo e todo o tipo de alteridade existente.
Nesse sentido, a noção de “eu” ultrapassa a questão da identidade, enquanto conceito puramente subjectivo, ou a ideia que o sujeito faz de si mesmo, e dos "eu´s" exteriores a ele na alteridade, na diferença, partindo do seu “eu” interior. Nesse caso pode-se levantar a questão da possibilidade do “eu” ser algo criado pelo próprio indivíduo.
O “eu” deixa de ser uma realidade singular e abre-se para a multiplicidade de possibilidades diversas do seu ser. Será o “eu” a conjugação de vários “eus”?


Trabalho de pesquisa
 Tenicha Neves
10º D
Ano lectivo 2009/10

Quem sou eu?




Eu sou um ser humano,como todos os outros, nasci, estou a viver e irei morrer um dia, com certeza. Ao longo da minha vida irei aprender coisas novas, irei enriquecer a minha sabedoria, arranjando perguntas e depois as suas respostas.
Sou vários seres, e ainda vou ser mais. Sou um ser livre e diferente, como todos outros. Cada dia que passa surgem-me cada vez mais perguntas sobre mim própria, mas as respostas a essas perguntas irão surgindo ao longo da vida, com as minhas atitudes e actos, assim espero.
Caracterizar-me? É difícil, as melhores palavras que me caracterizam são mesmo as que saem da boca de quem acompanha a minha vida, e mesmo essas pessoas nunca me vão conseguir caracterizar completamente.
Cada um é “eu” dele próprio, e eu quem sou?

EU




«Eu» é muito relativo, por isso suscita muitas interrogações como: por que é que existo? Por que sou assim e não sou de outra maneira? Às vezes paro para pensar e vejo que somos todos diferentes e todos iguais. Este «eu» é igual e diferente de tantos outros «eus». O «eu» é feito da mesma matéria dos outros «eus», mas pensa e age de maneira diferente. Enquanto o meu «eu» pode ser derrubado com um acontecimento ou sentimento e o meu estado de espírito habitual modifica -se, um outro “eu” pode continuar igual a si mesmo. Isto dos sentimentos que fazem de nós «eus» diferentes é muito complexo, difícil de entender e de explicar!
            Este «eu» nem sempre foi igual. Desde que nascemos até que morremos mudamos a nossa maneira de ser. Por vezes, em virtude da idade, agimos com o coração, com os sentimentos enquanto noutra fase da vida, agimos com a cabeça, racionalmente. Não são só estes factores que influenciam esta mudança, mas também o confronto de ideias e comportamentos nos faz mudar. Como também os sentimentos que nos invadem diariamente.
            O «eu» tem muitas vezes necessidade de estar só, pensando na sua vida e na forma como tudo é. Questionando-se: por que morremos? Por que o mundo é assim? Mas estas questões são muito difíceis ou até impossíveis de responder.
            Assim, cada dia que passa vou descobrindo o meu «eu». Afinal, eu que sou eu, não me conheço totalmente.

                                                                                                          Cátia Neves
                                                                                                          10ºD
Ano lectivo 2009-2010